segunda-feira, 26 de maio de 2008

Após sangrar




Pintava quadros no escuro.
Com a navalha sangrara o dedo.
Faltava o vermelho.
Quando acendeu a lâmpada,
O rubor lhe esquentou o lóbulo
E dos olhos marejados
Rolou a explicação: o sangue escorria.
Pelo peito.
Pintaria às claras a partir de agora.
Perpetuara na tela a traição.

3 comentários:

Chicaum disse...

excelente idéia...muito bom

Basilina disse...

Edson,gostei do seu poema, eu só não colocaria aquele ponto antes do verso "Pelo peito" e manteria o tempo verbal no futro do pretérito até o final.

Jcs disse...

Olá!

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